Que a Argentina enfrenta forte crise é fato e o mercado do luxo vem sendo afetado consideravelmente. Desde quatro anos para cá, muitas marcas internacionais deixaram o país por causa da intensificação das medidas adotadas pelo governo de Cristina Kirchner com o intuito de restringir importações e operações com dólar.

O charmoso e tradicional bairro da Recoleta, que antes reunia lojas de grifes como Louis Vuitton, Emporio Armani, Ralph Lauren e Nina Ricci – estas na tradicional Avenida Alvear – agora mostra nova realidade. Algumas lojas internacionais deram lugar a marcas locais, como a argentina Cardon, hoje ocupando o prédio onde era a Empório Armani, e outras estão fechadas e sem funcionamento. Por outro lado, na esquina da Avenida Alvear com a Calle Montevideo, a joalheira Simonetta Orsini anuncia a abertura de uma nova loja. Afinal, o consumidor do luxo efetivo não deixa de existir, mesmo com a crise no país.

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Se o varejo de luxo enfrenta situação difícil, a gastronomia e a hotelaria impedem Buenos Aires de perder seu charme e sofisticação. Hotéis de luxo como Alvear Palace, Palacio Duhau-Park Hyatt, Four Seasons e Faena investem cada vez mais na excelência em serviços prestados e na excelente comida. Chás da tarde, brunch aos domingos e programas especiais com tema gastronômico são algumas das experiências que se pode vivenciar nesses hotéis prestigiosos da capital portenha.

Buenos Aires pode não estar vivendo seu melhor momento para o consumo de produtos de luxo, porém a cidade não perdeu seu luxo intrínseco, sua sofisticação, seu charme. Esse é o luxo de verdade. A sua história, sua tradição. Vivenciar o que a cidade tem para oferecer. Afinal, luxo não é comprar. É viver e experimentar. É sensorial. O luxo em Buenos Aires continua vivo: na arte, na cultura, na arquitetura incrível da cidade, nas experiências gastronômicas… que merece ser apreciado!

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Artigo publicado no Blog do Milton Jung (Rádio CBN)