Há alguns anos, o conceito de democratização de artigos de luxo se expandiu nos Estados Unidos e ao redor do mundo. E é claro que o Brasil não ficaria fora do mercado de brechós de produtos de luxo. As chamadas peças “second hand”, ou segunda mão, já estão em alta no País, porque trazem um preço bem mais acessível e mantém a qualidade que torna aquele produto valioso.

Cada vez mais, muitos consumidores estão percebendo que é possível comprar itens exclusivos e de alta qualidade de maneira econômica e sustentável, pois essa prática reduz o desperdício, a produção de novos tecidos e os gastos com energia. Também prioriza a economia circular e compartilhada, outra grande tendência da área.

Mila Silberman, sócia-fundadora da Inffino, plataforma online que desde 2010 comercializa artigos de luxo seminovos, é um dos nomes fortes no mercado. Ela conta como percebeu a demanda não atendida por esse tipo de negócio: “Em 2011, eu comecei a vender nas redes sociais algumas peças minhas, depois também de alguns amigos e familiares. Todos queriam desapegar e tinham mantido os produtos em ótimas condições. Com o tempo, fui encontrando mais e mais pessoas interessadas em adquirir esses itens que, de outra forma, ficariam parados no armário de alguém”, explica a empresária.

A partir disso, Mila construiu a marca que se tornou um dos maiores brechós de luxo online do Brasil. Sua experiência permite auxiliar aqueles que querem renovar o guarda-roupa com requinte, gastando menos e prezando pela sustentabilidade.  Com atuação 100% online, a Inffino possui um acervo composto por mais de mil peças de grifes como Louis Vuitton, Chanel, Prada, Gucci e Hermès, cujos valores variam de até R$ 50 mil, com ticket médio em torno de R$ 2 mil.

Confira as dicas que Mila compartilhou para os novatos no mundo do luxo second hand ficarem atentos antes da compra:

  1. Confirme a credibilidade

Antes de iniciar as compras em qualquer estabelecimento, é importante verificar sua credibilidade. O cliente deve pesquisar para saber se a empresa tem uma boa reputação e qual seu processo para disponibilizar as peças para venda. “Todos os itens que colocamos à disposição do público passam por uma curadoria, verificação de originalidade e estado, e higienização antes da publicação na plataforma”, Mila exemplifica.

  1. Verifique a autenticidade

Se a loja já possui boas avaliações, é improvável que exista algum problema com falsificações de produtos, mas ainda é uma boa ideia confirmar. É possível verificar a autenticidade de acordo com a marca de cada peça. Cada fabricante indica uma série de códigos para fazer essa análise, desde logomarcas e etiquetas em posições específicas até peso e texturas.

  1. Compare

A comparação de preços é ideal para que o consumidor perceba o quanto está, de fato, economizando. Existem muitas variáveis que determinam o valor das peças, principalmente seu estado de uso. Uma empresa transparente deixará tudo bem claro nas especificações, e o cliente poderá fazer uma comparação justa com a loja oficial da grife em questão.

  1. Atenção aos marketplaces

Em alguns casos, páginas de marketplaces anunciam produtos de diversos brechós diferentes, o que dá a impressão de grande variedade de produtos, mas na verdade se trata de uma “vitrine sem dono”. Como essas peças precisam passar por processos de autenticação, o ideal é só adquiri-las diretamente nas lojas. Caso contrário, o cliente fica à mercê do anunciante, que não tem realmente nenhum controle sobre os produtos.

  1. Confira as condições de compra

A burocracia pode ser um impeditivo para muitas pessoas, principalmente quando querem uma peça já pensando em determinada situação para usá-la. Por isso, vale a pena verificar as condições de compra do brechó. Isso inclui detalhes como prazo de entrega, formas de pagamento e políticas de devolução e garantia. Também é válido confirmar se as peças estão em poder da loja ou do antigo dono, o que aumentaria o período para entrega.

Mila finaliza mencionando que um bom brechó tem como maior objetivo garantir a satisfação com o produto: “A ideia é oferecer, no second hand, a mesma experiência que o primeiro dono teve. O deleite de ter uma peça de luxo não precisa acabar no primeiro uso”.

Na plataforma da Inffino, você conta ainda com uma página que seleciona ítens de desapego de luxo de influenciadoras como Fernanda Fedak, Fabiana Justus e Mari Marcato.

Mila Silbermann, sócia-fundadora da INFFINO